Editorial

No ano de 2014, Portugal observou um aumento de 12,4% nas receitas provenientes do sector do Turismo face ao ano anterior, registando 10.393 mil milhões de euros, dados confirmados pelo Banco de Portugal que definiu 2014 como o melhor ano de Turismo em Portugal.

Em causa está um contributo de mais de 7.000 milhões de euros para o total da balança comercial portuguesa, representando 80% do défice da balança comercial de bens.

No que concerne às dormidas e proveitos da hotelaria, em 2014 foi também evidenciado um comportamento em linha com o registado no sector: um crescimento de 11% (correspondendo a 46,1 milhões de dormidas) e de 12,8% respetivamente.

A análise destes dados permite constatar que as receitas da hotelaria cresceram mais do que as dormidas, o que significa que cada dormida foi mais rentável, não se devendo o crescimento à redução de preços.

Uma análise comparativa com os países tradicionalmente concorrentes evidencia que Portugal tem registado um crescimento extraordinário no turismo, transformando-o no sector de atividade económica que em 2014 revelou maior dinamismo.

O ano de 2015 começou também com grande apogeu, destacando-se desde logo a Bolsa de Turismo de Lisboa (BTL).

Este evento de referência contou com mais de 70.000 visitantes (número estimado) nos cinco dias de duração, posicionando-se como a principal feira de Turismo dos países lusófonos, com 280 milhões de potenciais consumidores. Com mais de 1.000 expositores recebeu cerca de 12.000 profissionais do sector e realizou cerca de 3.000 reuniões, destacando-se o Hosted Buyers vocacionado para o Brasil.

No atual número da Newsletter de Março de 2015, propomos revisitar a relação entre o Turismo e o Património como fonte de dinamismo económico de regiões do interior de Portugal, neste caso Tábua que pertence à zona de Pinhal Interior e que é atualmente o concelho que regista a menor taxa de desemprego do país (3,4%) evidenciando um forte crescimento de visitantes.

Fátima Geada