O Museu Arqueológico do Carmo: uma surpresa inesperada no coração de Lisboa
Inaugurado há, precisamente, 150 anos e pertença da Associação dos Arqueólogos Portugueses, o Museu Arqueológico do Carmo encontra-se no Largo do mesmo nome, ao Chiado, naquela que foi uma das igrejas mais portentosas da capital portuguesa, por vontade de D. Nuno Álvares Pereira (1360-1431), Condestável do Reino e, hoje, São Nuno de Santa Maria.
Atravessando o Largo do Carmo, pontuado de árvores frondosas que abrigam, generosamente, os muitos turistas que por ali passeiam e saboreiam os dias repousados em esplanadas, entram naquele que é, também, um dos escassos exemplos do gótico construído em Lisboa sobrevivente ao terramoto de 1755, do qual é seu testemunho.
Dentro do espaço, deparam-se com uma igreja a céu aberto, em cujas naves central e laterais encontram inúmeros exemplares patrimoniais resgatados à destruição dos homens e à ação do clima.
Chegados ao que outrora foram as capelas mor e laterais, franqueiam a porta rasgada no entaipamento erguido nos anos 40 do século passado, acedendo à zona coberta do museu, onde continuam a visita através de páginas da história de Lisboa, do País e da Associação que o acolhe.
Terminam o percurso na loja, com oferta múltipla, desde artigos exclusivos, inspirados em peças do acervo museológico, até edições relativas às áreas de atuação da Associação.
De regresso ao Largo, tempo, ainda, para se sentarem nos degraus conducentes à saída, olhando, demoradamente, o que o museu tem de melhor para oferecer: tempo no seio do reboliço imparável e crescentemente cosmopolita do Chiado.
Os alunos da cadeira de Património Cultural e Turismo, do 2.º ano da Licenciatura de Turismo da Faculdade de Ciências Sociais, Educação e Administração da Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologia (ULHT), acompanhados da Prof. Doutora Ana Cristina Martins, docente do respetivo Departamento, tiveram a oportunidade de, guiados pelo Presidente da Associação dos Arqueólogos Portugueses e Diretor do Museu Arqueológico do Carmo, Dr. José Morais Arnaud, conhecerem um lugar prazeiroso, que alberga diferentes eventos, com destaque para concertos noturnos que surpreendem pela singularidade do cenário e excelência da acústica.
Por fim, apreenderam a experiência de quem dirige, privadamente, um dos equipamentos culturais lisboetas de maior sucesso junto de turistas, maioritariamente estrangeiros, apesar dos obstáculos inerentes à sua localização.